Comunidades

Terra Firme

Um dos bairros mais populosos da capital, o Montese, mais conhecido como Terra Firme, ganhou esse apelido por ser formado por terras firmes e altas próximas à áreas alagadas pelo rio Tucunduba no limite dos bairros de Canudos e Guamá. Atualmente, a Terra Firme vivencia um processo de combate à violência que se instalou no bairro, por meio da instalação de PM boxes e de rondas nas áreas de maior perigo.
Ao mesmo tempo em que concentra boa parte da população de baixa renda do centro da capital e sofre com carência de serviços básicos (saneamento, em especial), a Terra Firme concentra várias instituições de pesquisa e ensino

Guamá 

é um bairro de Belém do Pará. É considerado o bairro mais populoso de Belém. É marcado pela pobreza e pela violência sem controle. Nele está situado o campus da Universidade Federal do Pará (UFPA).
 O Guamá é considerado o bairro mais populoso de Belém, capital do Pará. A palavra Guamá aparece como referencia recorrente nas denominações de localidades e vilas no Estado do Pará, numa alusão a um dos principais rios deste estado. Guamá é também a denominação de um bairro muito populoso e pobre da capital paraense. Assim, o Guamá é um dos 48 bairros que integra o município de Belém e expressa a desigualdade social e econômica que corta a história de formação e desenvolvimento desta capital localizada no norte brasileiro. 

Ilha de Cotijuba

Os primeiros habitantes da Ilha de Cotijuba foram os índios Tupinambás, que a batizaram com este nome. Em tupi, Cotijuba significa "trilha dourada", talvez uma alusão às muitas falésias que expõem a argila amarelada que compõe o solo da ilha.
A integração da ilha à cidade de Belém se iniciou em 1784, com a comercialização do arroz cultivado no Engenho Fazendinha. Com a desativação do engenho, a ilha passou a ser habitada, também, por famílias caboclas que sobreviviam do extrativismo.
Em 1933, quando a criminalidade infanto-juvenil em Belém atingiu índices alarmantes por conta da estagnação econômica regional, após o declínio do Ciclo da Borracha, foi inaugurado, na ilha, o Educandário Nogueira de Faria, construído para abrigar menores infratores.
Durante a ditadura militar, as instalações do educandário também abrigaram presos políticos. Em 1945, imigrantes japoneses chegaram à ilha, ensinaram técnicas agrícolas aos educandos e, em 1951, fundaram aCooperativa Mista de Cotijuda Ltda, em parceria com os agricultores locais.
Em 1968, foi construída uma penitenciária na ilha e, por algum tempo, educandário e presídio coexistiram. Porém, logo o educandário foi extinto e a ilha se transformou em ilha-presídio, recolhendo condenados e presos políticos, adultos emenores, com um sistema penal violento e arbitrário.
Os menores e os presidiários construíram o sistema viário que se mantém pouco modificado até os dias atuais. Em 1977, com a inauguração da Penitenciária Estadual de Fernando de Guilhon, em Americano, a Colônia Penal de Cotijuba foi, definitivamente, desativada.
O estigma de ilha-presídio povoou o imaginário da sociedade paraense, mantendo-a à distância. A Constituição Brasileira de 1988 transferiu Cotijuba ao domínio municipal de Belém, quando houve o despertamento do interesse de veranistas atraídos pela riqueza da sua biodiversidade e pela sua proximidade da capital paraense.
Em 1990, através de Lei Municipal, a Ilha de Cotijuba foi transformada em Área de Proteção Ambiental, fato que obriga a preservação das suas ricas fauna e flora e proibe a circulação de veículos motorizados, exceto os de segurança e saúde.
Segundo os moradores de Cotijuba, em 2005, faleceu o último "preso" da ilha e, com ele, foi enterrado todo osofrimento que já existiu por ali. Hoje, Cotijuba é um patrimônio a ser visitado, preservado e valorizado pela humanidade. É uma ilha cheia de Amazônia e de Amazônidas.